Mulher dá à luz gêmeos, é retirada de leito de hospital e diz ter dormido sentada no Dia das Mães
Moradora de Peruíbe (SP) afirmou que teve a acompanhante expulsa ao ser transferida para a ala pediátrica, onde tinha apenas uma cadeira para dormir sentada. ...

Moradora de Peruíbe (SP) afirmou que teve a acompanhante expulsa ao ser transferida para a ala pediátrica, onde tinha apenas uma cadeira para dormir sentada. Em nota, o Hospital Regional de Itanhaém informou que a mulher "foi transferida para um novo leito para melhor acolher suas necessidades e a de um dos seus filhos". Mulher dá à luz gêmeos e diz ter dormido sentada no Dia das Mães após ser retirada de leito de hospital Arquivo pessoal Paula Zanco Tritto, de 28 anos, há três dias passou por uma cesárea de gêmeos e esperava ter um Dia das Mães especial. Apesar disso, a moradora de Peruíbe, no litoral de São Paulo, afirmou ter sido acordada por uma enfermeira para ser transferida com um dos filhos para a ala pediátrica, onde tinha apenas uma cadeira para dormir sentada. O outro recém-nascido está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por conta de uma dificuldade para mamar. Em nota, o Hospital Regional de Itanhaém informou que a mulher "foi transferida para um novo leito para melhor acolher suas necessidades e a de um dos seus filhos". O segundo bebê segue recebendo cuidados médicos na UTI. "A paciente foi orientada e acolhida sobre a transferência de quartos. Todos seguem sendo acompanhados por equipe médica da unidade hospitalar", garantiu a instituição. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. A assistente social Márcia de Souza Zanco, de 55 anos, que é mãe de Paula e avó dos bebês Lian e Theo, afirmou que o Sistema Único de Saúde (SUS) encaminhou a filha para um hospital referência em maternidade por se tratar de uma gravidez de gêmeos. Segundo ela, Paula foi bem atendida e a cesárea foi realizada sem intercorrências na quinta-feira (8). Em seguida, a jovem foi para um quarto com o bebê Lian, enquanto Theo precisou ser levado para UTI para se alimentar por sonda devido a um problema -- não especificado -- na língua. A avó explicou que estava como acompanhante no hospital para ficar com Lian nos momentos em que a filha tentava amamentar Theo na UTI. Transferência Márcia afirmou que, por volta das 18h de sábado (10), uma enfermeira deu alta médica para a filha, sendo que os dois bebês ainda teriam que ficar internados na unidade de saúde. Segundo a assistente social, a profissional garantiu que elas poderiam continuar no leito até o dia seguinte porque já estava tarde e o pediatra passaria no domingo (11) para liberar um dos recém-nascidos, o Lian. A avó contou que foi acordada às 23h30 por uma outra enfermeira que acendeu a luz do quarto e disse que tinham cinco minutos para liberar o leito porque havia saído uma vaga na ala da pediatria. "Parecia que estava pegando fogo no hospital. Desce e acabou. Tem que ir para lá", afirmou ela. Márcia disse que foi colocada no corredor junto com a filha, o neto e outras três mães na mesma situação. Ela relatou que a filha estava com fortes dores em decorrência da cesárea e ficou aproximadamente uma hora em pé porque a ala pediátrica não sabia sobre a recepção das pacientes. Madrugada De acordo com os relatos, Márcia foi impedida de ficar com os familiares e teve que dormir na recepção do hospital assim que Paula foi colocada em um quarto com o filho. Ela explicou que estava chovendo muito e não teria como ir até Peruíbe de madrugada para voltar às 7h de domingo (11). "A minha filha de cesárea e mais a moça que está aqui no quarto dela, também de cesárea, ficaram em uma cadeira. Imagina uma pessoa com corte na barriga passar a noite sentada", afirmou Márcia. "Ela está totalmente desamparada, você não se sente segura. É um hospital que dá vontade de ir embora rápido. Vontade de pegar os nenéns e sair correndo", acrescentou". Márcia relatou que a filha está com fortes dores devido ao desconforto de ficar sentada, além do desgaste emocional causado pela situação. Ela registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Eletrônica e acionou a ouvidoria do hospital. "Uma outra [mãe] ficou tão nervosa do jeito que foi abordada [durante a madrugada], que a pressão dela subiu e ela teve que ter atendimento. É o tato que não tiveram, acenderam a luz e 'vocês têm cinco minutos para descer'. A gente nem sabia o que estava acontecendo", finalizou a avó. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos